segunda-feira, 18 de julho de 2011

Corpo e alma.


Essa febre que não passa atravessou a noite e acompanhou o dia, esteve comigo em minhas entranhas causando arrepios durante todo o tempo, frio, frio, frio. Ainda mais frio que esta estação.
Existem dias assim na vida de todos nós, é uma gripe passageira, uma dor incomoda.
Então eu me deitei e fiquei aqui entre os cobertores, peguei aquele livro que a tempos tento ler, mas eu não conseguia, o desconforto não me permitiu e então liguei a TV.
Amigo, eu sou obrigada a concordar que o ser humano é realmente frágil, são entranhas, orgãos, sangue, veias, calor, pulsar, pulsar, pulsar.
E então pensei quanto indiferente isso parece, e o quanto nos preocupamos com coisas que parecem ser bem maiores, é uma dor na alma, um amor enorme, é uma preocupação, uma pressa. Saudade, alegria, pesar.
E ai pensei: - Ainda bem que essa dor é do corpo, ainda bem que é passageiro. As dores do corpo tem analgésicos, tem o repouso. Poderia esta dor ser na alma. Não! Na alma não. Retruquei.
As patologias corporais em sua grande maioria tem cura, as vezes imediata, as vezes a curto prazo. Poucas são as realmente mortais.
A maioria das patologias da alma tem caráter nocivo, mortal, destruidor. Ai pensei: - Que bom que a dor é do corpo.
Certa feita, enquanto doía a alma, eu pedi uma dor no corpo, eu sinceramente sempre preferi a dor no corpo, aquela que pode ser medicada, diminuída, curada.
Enfim, nesse ócio que a febre traz eu me perdi nesses pensamentos sobre a dor do corpo e a da alma. Me perdi e depois sorri achando absurda a minha comparação, ainda bem que é só uma gripe de inverno que vai passar.

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