sexta-feira, 28 de junho de 2013

Escrevivendo.





Eu já não sou mais tão confuso, já não ando por aí deixando pedaços a cada lugar que passo. Hoje sou completo. Tem um pedaço de mim ali, longe, mas que me acompanha o tempo todo. Faz parte de mim.
Meu coração esperou calmo pela noite, eu vi o céu se fechar, o sol ir embora e não me preocupei, mais um dia se foi e eu sorri como há tempos não sorria. Hoje sou bem mais que ilusões, hoje sou bem mais que um dia fui. Já não tenho mais aquelas inseguranças de antes, já não me preocupo mais com minhas manias infantis, só sigo, sei que o que eu levo comigo é verdadeiro e isso me basta.
No fundo acho que eu vou ser pra sempre um menino, cheio de manias bestas, acho que se isso se perder não serei mais eu mesmo, não serei mais o poeta que faz das entrelinhas mais importantes que os versos, não serei mais poesia que canção.
Não note meu jeito desafinado de cantar, mulher! Nem note minhas notas tortas no violão mal afinado, só ouça o que diz a minha canção. Eu não sou um cantor, eu sou um poeta comum, que fala de sentimentos comuns, mas não sou mais um poeta, eu sou o seu poeta! Eu escrevo palavras suas,  versos seus, sentimentos que mesmo que gritem e vivam no meu peito também são seus, como tudo o que hoje respiro.
Eu não sou um teórico, eu não sou um musico, eu não sou nada daquilo que minhas canções exigiriam que eu fosse. Mas elas me entendem, sabem que são reais! Existem mais sentimentos nelas do que em muitas sinfonias bem feitas e teoricamente corrigidas. Existe um coração por trás de todas as minhas canções que te soam clichê.
Jogo-me na correnteza das minhas palavras afim de te encontrar em algumas delas, te encontro em todas e acabo por dormir feliz nos braços de você que é poesia, você que é dona de todos os meus dizeres, todos os meus sentimentos e todas as minhas razões que hoje me levam a escrever.

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