Queria eu ter a solução para os meus poemas vãos, queria eu
ser mais. Mais que palavras e sentimentos. Queria eu ser o infinito, rasgando o
tempo e atravessando o céu, criando soluções para o que o acaso já inventou a
história. Reinventar, reescrever, com a pena na mão, sem pena de mim mesmo.
O amor é feito daquelas promessas que a gente faz e nem sabe
se vai cumprir, e deve ser assim! O
mundo ainda não inventou uma forma de agir sozinho, agir mesmo que a gente
deixe de sonhar. Afinal, se morrem os sonhos...
Se morrem os sonhos, morremos nós mesmos, morremos neste mar
frio, neste mar morto que a vida se torna, se morrem os sonhos falta calor
naqueles meus pulsos de poeta. Se falta calor, acaba a poesia. Simples assim.
São tão complexos os poetas, meu bem! Mesmo os poetas vãos como eu, mesmo os poetas
vulgares como eu, cheios de ilusões tardias, de amores impossíveis e de
palavras não ditas. São complexos nas entrelinhas que deixam em textos
extensos, nas entrelinhas que deixam em sentimentos tão simples. Deixam entrelinhas nas poucas
letras, nos muitos ditos, nos não ditos. Vivem, morrem e deixam entrelinhas na
própria vida, no próprio ser.
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