quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Qual é?


Sentimentos obsoletos, um resto de mágoa, um pouquinho de amor, tudo em pequenas doses, mais para o fim.
Eu trago comigo um coração cansado, mas não tenho medo de ir até o último andar, se eu não estou ao menos inteiro não há o que ser quebrado.
Ontem eu pensava diferente, andei devagar pela sala, não notei ninguém, me escondi.
Mas afinal de contas, o que fazemos aqui? Nos resguardamos? Pra que mesmo?
Ah! Sim, você esperava que depois de tantas coisas eu viesse aqui outra vez pra falar de desapego!
Mas, é exatamente isso que eu estou fazendo, falando do desapego, desapego dos medos, das coisas, de tudo, do mais completo desapego.
Vai dizer que você nunca desejou não ter medo de mais nada? Todos nós temos medos, mas existem alguns que devem ser enfrentados, mesmo que aos trancos e barrancos.
Hoje é um bom dia pra tentar fazer coisas novas, praticar essa forma de desapego, arriscar!
Enfim, e é por todos esse motivos que eu faço as pazes com o tempo, que eu torço pra que ele seja sábio, que essa nova verdade seja doce, mesmo que do desapego venha mais e mais desapego, mesmo que no auge de todo desapego venha o apego, mesmo que custe caro. Não! Eu não vou observar a vida passar da varanda da sala de estar!

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