sábado, 25 de junho de 2011

Mesmo assim.


Olha, a maioria dos dias eu aprendi a viver seu teu amor, eu não tô me fazendo de forte, é verdade.
Mas tem dias, em que eu sinto falta de você do meu lado esquerdo. Ai e eu me deito desse lado da cama, me encolho, feito criança com medo e durmo.
Essa noite foi um pouco diferente. Eu fechei os olhos e enxerguei esses seus olhos verdes, olhando pra aqueles meus olhos negros que você sempre amou tanto e deles escorreram lágrimas. Não aquelas lágrimas doloridas de quando você se foi. Mas aquelas lágrimas de pesar. De saber que eu seria sempre sua, só sua.
Não doeu o peito, não! Eu só senti frio, me encolhi como sempre. Meu telefone tocou, do outro lado uma voz feminina, doce me dava boa noite. Me perguntou se estava tudo bem. Eu respondi que sim.
Ela me deu boa noite, acalmou minha alma.
Mas enfim, eu ainda penso em você as vezes. Mais no fim da embriaguez, quando estou quase sóbria. Mais no começo do sono e eu sei que quando aquele outro corpo se aconchega ao meu eu até me esqueço. Mas enfim, as vezes eu realmente me lembro.
O perfume dela é tão diferente, cheira a pecado, diferente do seu, que também exala isso. Mas ela sabe que me acalma, sabe do meu passado, sabe que me faz bem.
Mas o fato é que, eu não gosto de me sentir uma criança quando isso acontece. Dormir encolhido, cheio de fragilidades. Eu ainda prefiro os dias me que me espalho ou dou meu peito pra um amor dormir.
Tô aqui medindo cada milimetro dos meus sonhos. Só por hoje eu quero uma noite tranquila, mesmo que encolhido no canto esquerdo. Mesmo assim.

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