domingo, 10 de julho de 2011

Manhã


Hoje eu acordei mais cedo um pouco, minha cabeça doía, tinha vestígios da noite passada no meu corpo, vestígios somente do álcool, e lembranças daqueles amigos que eu tanto amo que estavam ao meu lado.
Me lembrei que nenhum sorriso me encantou, ai comecei a pensar, me lembrei que eu não ando me encantando, não lembrei, simplesmente percebi. Eu tenho sido feliz, sim, tenho me divertido com meus poucos e bons amigos, aqueles que eu carrego dia e noite no coração. Mas me encantado de outra maneira eu não ando. Eu não estou de coração fechado, pelo contrário, estou de coração aberto e tenho dado muito da minha atenção as pessoas.
Ai comecei a reparar que eu nunca estive tão ciente das coisas, e que eu nunca havia sido tão sincera comigo mesma, descobri que deixei de tentar mudar as coisas na base de invenções de paixões no coração das pessoas, eu deixei de iludir, sei lá, uma sinceridade bonita, mas nem sempre sutil tomou conta de mim. E até quando eu atraio as pessoas eu não as iludo, não me faço de maravilhada pra poder tê-las comigo. Mas ultimamente nem me encantado eu tenho. Sei lá, as vezes faz parte daquele processo de sinceridade, aquele onde eu só demostro o que realmente sinto. Deixando finalmente de não demostrar, me tornando mais quente quem sabe.
Eu ando tão minha, só minha, e tão na minha que não importa o quanto digam e desdigam, eu ando conhecendo minhas verdades e não as trocando por nada. É claro que eu sinto falta de proteção, mas eu não vou criar coisas na minha própria cabeça para me curar de solidão. Uma hora ela vai embora.
Poucas pessoas souberam me fazer real companhia, e a essas eu amei. Houve aquela que eu amei mais, pra uma vida toda. Essa eu carrego comigo nos dias, até naqueles mais nublados. Ah sim! Me faz companhia mesmo sem estar.
Hoje eu estive pensando em tantas coisas que não conseguia denominar os pensamentos, mas meu coração não estava aflito, eu sabia que cada coisa tem uma hora certa e que tudo há de vingar. E por isso pensei em plantar um jardim de sonhos. Cultivá-los, regá-los, e os ver grandes e realizados.
E então peguei cada sementinha dentro do meu coração e plantei, plantei no coração daquelas pessoas que eu amo, daquelas que eu acredito que também me amem, e na hora certa vou colher.
O que tenho que fazer agora é regar, e é o mais difícil, aquela dedicação toda paciente, aquilo que só se pode fazer com amor. Mas enfim, eu deixo o meu coração fazer isso, com sinceridade e carinho.
Hoje eu acordei mais cedo um pouco com a cabeça doendo, mas o coração. Ahhh o coração, este está tão vivo, e é o que importa.

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