quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Desajeitado


Eu perco o sono ou durmo de mais, ando dormindo muito, sonhando com tudo aquilo que me deixa pensativo, é, eu tenho pensado em tudo o que vem acontecendo e confesso que muita coisa mudou, eu consigo ficar horas em silêncio, consigo cantar aquelas canções que me davam um certo nó. No fundo só eu sei o que eu carrego e não faço mais questão de analgésicos fortes pra afastar a dor, prefiro ela a seco pra me acostumar e vencer, passar pra próxima etapa, ser mais forte.
Hoje eu vesti roupas quentes, o sol enganava os desprevenidos, brilhava forte no céu mas fazia frio.
Eu sorri pra umas garotas que eu sei que me olham diferente, segui meu caminho, quieto, e eu ando falando pouco, o essencial, aprendi a ouvir mais e falar menos, talvez seja melhor assim.
Eu sei que certo dia as coisas serão mais fáceis, sei que existe a hora da verdade para todos e eu não fujo dela, eu espero que meus castigos sejam dados e minhas recompensas sejam entregues, eu não temo o destino, eu não temo a justiça que o mundo sempre faz. E é por isso que sempre estou feliz.
Eu ouvi dizer que sempre existe um colo quente no final de cada dor, eu sei que é verdade, eu sei que eu nunca estive completamente só, até quando eu queria estar.
-Onde já se viu garoto atrapalhado metido a destemido? Onde já se viu?
É, eu realmente nunca fui daquele tipo que sabe amar, mas enfim, eu sempre soube sentir e sempre fui sincero, é que as vezes eu misturo as palavras e os atos, as vezes eu não sei bem ao certo o que fazer, principalmente quando amo, quando amo de verdade fico atrapalhado, tonto, enfim, é uma coisa bem comum errar onde não se deve errar.
Mas mesmo assim eu ainda procuro o verdadeiro amor, aquele que ri do desajeito, perdoa, compreende e ensina, aquele que tem paciência e sabe amar ou pelo menos quer aprender. Que este amor venha, que este amor me ensine.

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