sábado, 3 de setembro de 2011

O avesso


Estava entre risos e boa companhia quando um conhecido apareceu, ele me perguntou se ainda sofro por não te ter aqui, larguei copo cheio sobre a mesa, maço de cigarro, apenas acelerei forte em destino ao meu forte, parece que meus instintos guiavam meu caminho, joguei as chaves sobre a mesa e me deitei.
Enquanto dirigia, com aquele ar de solidão, lágrimas corriam pelo meu rosto mas ninguém podia me ver, elas iam caindo como estrelas que o céu cansou de guardar, estrelas cadentes, estrelas que cansaram de brilhar.
Eu não tenho culpa por te amar tanto assim, eu até queria te odiar, te querer mal, mas no fundo eu só consigo querer o teu bem, eu só consigo te amar.
Eu te procuro em tantos corpos, em tantos beijos e tenho medo de saber, qual o preço, qual a forma certa pra esquecer de vez você.
Eu soluçava feito criança, do caminho de lá pra cá. Eu soluçava e tremia e nem sei como consegui chegar. No fundo eu só queria ser como você, aceitar quem me faça companhia, mas no fundo eu só afasto todas essas pessoas que me dizem que querem tentar me fazer bem.
A grande diferença é que você me faria respirar, caso eu ainda estivesse viva, sabes que é meu ar.
Mas no fundo eu ainda só queria ser como você, seguir em frente, deixar o tempo curar. Mas eu ainda me pergunto: -Que amor é esse que não perdoa falhas e não diz o que havia de errado sem meias palavras? Que amor é esse que não olha nos olhos e não tenta se consertar? Que amor tinhas pra mim? Não duvido que tenhas sentido algo grande, mas se é amor eu ainda não sei decifrar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário