quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Coração.


A tempestade já não amedronta mais quando bate a janela, daqui eu só ouço a chuva fina, aquela que me faz dormir, que me traz calma. Eu já estive lá fora sentindo frio e calafrios, por diversas vezes ao longo dos anos, mas hoje eu só ouço essa chuva gostosa lavando tudo por onde passa.
Ah coração leviano! Onde querias me levar? Me diga que mesmo assim eu vou com minhas próprias pernas, eu não tenho mais medo de te seguir, onde vamos desta vez? Onde?
O que seria de mim sem você seu moleque? O que seria? Eu sei que vez ou outra me coloca em enrascadas, mas como é bom te sentir pulsando no peito, meio desajeitado, travesso. O que tens pra me ensinar desta vez?
Eu não sou o tipo certo pra lidar com o coração mas eu venho aprendendo, conte a próxima história, porque hoje eu não tenho mais medo de te escutar. Esses meus olhos guardam o que dizes a eles, e acredite, nem eles querem me contar. Acho que por isso são escuros, tão escuros a ponto de nem eu decifrar, conte a mim coração, a eles fazes o mesmo que não contar!
Eu olho pra essas meninas que passam a se insinuar, fazem promessas de amor eterno, daquelas que eu sempre fazia a elas, eu apenas noto, noto como quem sabe o que acontece depois, quem sabe haja um amor real entre estes, mas isso o tempo sabe mostrar, eu não sei bem o que eu quero, mas isto não é muito importante agora.
O importante agora é filtrar, filtrar todas essas emoções e deixar alguma ficar, eu tenho ficado seletiva com o que guardar, eu guardo pra mim certos segredos que nem eu sei decifrar, o coração conta aos olhos, que conta aos meus sonhos confusos, e no fim, eu não sei onde isso vai dar. Mas eu não tenho mais medo, não tenho medo de errar.

“ Prove que o amor é pra quem não sabe o que quer. Bem como eu sou.”

E quanto a você amigo? O que você pode me falar? Levante a cabeça e siga em frente, antes que eu volte a cantar: “ Eu sei, você esqueceu de lembrar. Eu sei, você esqueceu de sonhar.”

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