segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Inconsequentemente.


Olhei para o lado e sorri, sorri mais uma vez depois de perceber que também sorria, nossos olhos conversavam enquanto sorriamos, falavam sobre estrelas e constelações e inconsequentemente se desejavam. Nós entendiamos.
Baixei a cabeça e pensei. Por que não? Por que?
A cerveja gelada no copo me roubava algumas palavras, por vezes falava, por outras só bebia e te olhava, olhava direto nos olhos sem nenhuma palavra. Tinha sede dos teus lábios, mas me instigava aguentar mais um pouco antes de me render a eles, me encanta esperar um pouco mais, para alimentar a vontade e castigar o desejo. Eu gosto de brincar comigo mesmo.
Me perguntei de novo: -Até quando eu vou aguentar? ( Deveria ser a terceira ou quarta vez que me peguntava isto.)
Dentro de segundos já havia me rendido, plano falho, plano falho!
Mulher, não sabes que tem um turbilhão de desejos dentro dos olhos? E quando olhas com desejo, duvido que haja quem seja capaz de resistir, eu não seria exceção. Seria? É claro que não!
Eu ando cultivando relacionamentos comuns, brincando de amizades coloridas, mas não conseguiria ser teu amigo, não entendes que não conseguiria me sentar pra beber e conversar com você sem te desejar, e com o que é continuo não dá pra brincar.
Bem, foi ai que pensei: - É chegada a hora de me retirar!
No mais você sabe garota, você sabe exatamente onde me encontrar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário