quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

" E quando acaba a gente pensa que nunca existiu."


Naquela noite eu estava um pouco confuso, completamente sozinho, segurava o telefone e olhava para aquele nome na agenda, não sabia se era boa ideia ligar, já faziam dias que não nos víamos, não nos falávamos, mas aí me lembrei das últimas palavras dela:” -Me ligue quando senti vontade!”
E então apertei o botão verde e em instantes ela atendeu, com voz de sono, mas doce como sempre, convidativa como sempre:
-Achei que tinha se esquecido de mim!
-Eu queria saber se podemos nos ver?
-Podemos. Agora?
-Sim! Agora!
O perfume dela se alastrou pelo quarto, ou se alastrou por mim, não sei bem ao certo, em um beijo sem muitas perguntas, sem muitas cobranças, simplesmente um beijo ardente. Não havíamos trocado palavra alguma desde que nos encontramos a não ser alguns desses beijos, mas estávamos finalmente a sós.
Tratei de despi-la lentamente, tratei de saborear cada pedacinho daquele belo corpo, enquanto minhas mãos passeavam por ele de forma pulsante, forte, faminta, estava sedento mas precisava deixa-la instigada, afinal de contas eu nunca fui de me conter, mas naquela noite eu precisava saber onde estava pisando, ser o que eu sempre fui, mais pra me provar que tudo estava sob controle do que pra qualquer outra coisa. Pura ilusão.
Seu corpo quente, rígido, nu, colado ao meu indicava que ela estava entregue, entregue e sedenta, me querendo de forma apresada, ofegante.
Então a peguei com força e a devorei em cada canto daquele quarto, aquela noite foi curta, aquele tempo foi curto, eu era um menino, ela era uma mulher, uma mulher com milhões de desejos trasbordando pelos poros.
Não se engane mulher, eu não sou um menino diferente dos outros mas eu gosto da forma como me faz ofegar e por isso continuo a te procurar.


" O nosso amor a gente inventa, pra se distrair. E quando acaba a gente pensa que ele nunca existiu."

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