sexta-feira, 15 de junho de 2012

Aos poetas.

Malditos sejam todos os poetas fraquejantes, que nem por um instante, confiaram em seu próprio coração. Bendita seja a mão da mãe natureza, que ilesa, saiu, sem nenhum arranhão. Ela que criou todos os instintos, tão desprecavidos que nem notaram. Eterno seja o Deus que criou tudo isso, que é encanto, intensidade, que fez o pecado pra testar nossa intenção. Doentes de um câncer maligno esses poetas que cito, que foram tudo naquela vida, menos poesia, foram qualquer coisa, menos canção. Pois esses não acreditaram no poder das próprias palavras. Sejam benditos os sábios byronistas, aqueles que com intensidade sangraram, com temor choraram, que escreveram, uns mais atrevidos até cantaram, cantaram a poesia canção. Bendita a mulher que chorou, quando o coração disparou, quando ouviu aquela canção. E então seu amor a deixou, tão triste chorou, mas por fim encontrou um poeta, porque destino de mulher sofrida é só o embalo da atenção, poesia como recompensa pela dor que atordoou seu coração. E enfim, felicidade então. E como fosse uma oração eu peço de forma sincera que perdoem toda essa minha ambição, mas eu suplico, que sejam infelizes os poetas que não escutam o próprio coração. Cansado na noite que não acaba, dessa luz que não se apaga, eu tão bobo, simples de coração. E depois que saio e fumo um cigarro, canto, bebo e me digo um bohemio de tantas mulheres em vão. Se quando sou menino simples eu tenho o meu castelo, a minha princesa, o meu cavalo e talvez até a imortalidade, de um anjo ou algum demônio, dependendo da intenção. Sou tão complicado, sonho acordado, penso no que há de ser, nunca do que realmente é. E que os poetas mais refinados, me contem, qual é o segredo de carregar o dom desses sentimentos que eu sei e que ainda virão.

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