terça-feira, 12 de junho de 2012

Montanha e mar.

Que me perdoem os mais pessimistas dos poetas, caso eu não tenha estado entre eles naqueles dias mais escuros. Que me perdoe o tempo, o destino e todas as outras coisas que determinam a linha da vida. Hoje eu me vesti de sol e me permiti. Sabe qualé amigo? É que eu resolvi dar uma chance a mim mesmo, respirei fundo e fui um menino qualquer, destes cheios de sonhos. Ouvi mil canções e me permiti ser o garoto sonhador que antes eu era, me permiti ter brilho nos olhos e ser encantador, hoje eu colhi rosas no jardim dos sonhos e ofereci a todos amores comuns, aceitei meus próprios defeitos e decidi: quero pra mim uma menina qualquer, que tenha seus defeitos e qualidades, que seja de verdade, assim como eu sou. Eu não tenho pressa Senhor Destino, enquanto isso eu vou cuidando de mim, volto a sorrir no fim da tarde, me esquento e sinto o vento bater. Qualquer dia desses eu vou à praia, vou às montanhas, qualquer dia desses eu vou ao campo e ao mar, qualquer dia desses eu vou. É que eu senti uma vontade louca de caminhar descalço na areia, é que eu senti uma vontade doida de ver o mundo de cima, respirar e sentir, sentir de forma clara o menino vivo que sou. Estive pensando, eu quero uma casa em uma metrópole, quero sentir o vai e vem de vidas, quero uma família bonita, um fim de tarde cheio de amor. Eu quero também uma casa no campo “ do tamanho ideal, pau a pique e sape, onde eu possa plantar meus amigos, meus discos e livros, e nada mais.” Eu quero o mundo todo e tudo o que ele pode me proporcionar, eu quero céu e o mar, eu quero a agitação e o sossego, eu quero. O munda dá tantas voltas, mas no fim das contas a gente pode observar. Eu quero a suavidade de um amor seguro, mas antes, eu quero também me apaixonar. Eu quero tanta coisa, que me perdoe o destino, que me perdoem os falsos poetas. Mas o tempo, ah, o tempo! Este há de me ajudar.

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