sábado, 30 de junho de 2012

Ela.

Eu quis dizer: “ -Olá! Eu só vim pra te ver passar!” Mas me senti um pouco tímido e as palavras não saíram, e foi aí que tive certeza de com que eu estava lidando. Todas aquelas bela mulheres tinham passado pela minha vida e levado palavras diretas, ela me bloqueava a fala e eu não entendia porque, eu não conseguia dizer coisas simples, coisas sinceras. Pois é, eu vim só pra te ver passar, mas quando você passou eu dei um sorriso tímido, olhei pro lado e me perdi todo nas mil e uma coisas que eu ensaiei pra te dizer. Sabe o que é? É que a culpa é toda sua. Falei algumas coisas sem importância, algumas vezes você riu do meu desajeito, algumas vezes sem pausas, me dando a certeza que eu realmente estava exposto, ridículo, transparente. Sabe o que é? É que eu não ando acostumado com esse tipo de coisa. Eu andei por aí, e não que eu seja destes, é que meu coração esteve cansado e eu precisava me desgarrar de tudo isso. Mas quando eu te vi passar eu não consegui me conter, não consegui conter o coração que sapateava no peito, não consegui conter o encanto, a vontade de te fazer ficar e de deixar todo o mundo de lado. Ah como eu queria ter dito tudo isso quando possível, como teria me feito bem, independentemente de qualquer reação tua. Mas não! Eu me calei! Me dê um gole de todo esse encanto menina, me deixe ficar pra mais um papo corriqueiro, me deixe sorrir um tanto bobo. Eu já escrevi sobre algumas outras mulheres, mas não como te escrevo desta vez, você é encanto e eu volto a ser um menininho que não tem controle algum da situação. Balbuciei algumas palavras inconstantes, mas não consegui te dizer nada do que vim dizer, coloquei as mãos nos bolsos e fui embora, fui embora vendo as folhas caírem de todas aquelas arvores, foi uma tipica tarde de um outono qualquer, foi um dia diferente de todos os outros. Eu a queria, ela talvez imaginasse.

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