terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Bem assim.


Existe um lado obscuro no lado contrário da tua alma, te impossibilitando estar mais perto do céu e que ao mesmo tempo não é sombria o suficiente pra te entregar ao inferno. E este é o lado que ninguém pode ver. Ninguém pode ver que tua transparência não é total, porque caso seja eles se afastariam de você, se te vissem assim, nu, certamente deixariam de acreditar. E é assim o amor, que é uma prova do quanto é possível suportar, amor é aquele sentimento que enxerga a luz clara que te envolve mas que não se vai quando esse lado obscuro se mostra. Daí seria incondicional, daí seria realmente amor.
Não se deixe inebriar por aqueles sorrisos, no fundo, dentro de si, cada um tem uma verdade que não é absoluta, e por mais que haja luz, esse lado sombrio há de existir. Somo todos assim, nem bons nem ruins, cada qual tem um pouquinho de céu e inferno dentro de si.
Chame de amor aquele que conhece todas as suas faces, aquele que te ama mesmo que o fim da tarde seja cinzenta e que nada, absolutamente nada tenha cor. O amor não tem orgulhos nem julgamentos caro amigo, ele enxerga o que é claro e sabe exatamente onde estão os defeitos - não confunda com paixão - mas ao mesmo tempo perdoa, e não deixa de ser amor mesmo que não compreenda tudo. Ele só se cala quando faz indagações onde a resposta não o agrada. Se cala sem pestanejar.
Devolva-me a alma, amor! É que quando te jurei o mundo te entreguei ela, e por isso, e por ser amor, nem teu lado mais sombrio me assusta, não me afasta, não me retem. E se queres mesmo que eu me vá, devolva-me aquilo que eu não sou capaz de te tomar. Me devolva a condicionalidade deste tal sentimento. Não deixarei de ter carinho por ti. Eu juro.
Trago pra ti algumas flores, colhidas em algum jardim. Roubadas. Eu tenho carregado por ti esse sentimento e não venha me perguntar como se devolve se nem teu lado sombrio me assusta. Não me faça perguntas, eu não tenho mais respostas. Eu só tenho o amor. Amor.

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