segunda-feira, 1 de abril de 2013

Moça.





Olá, bela moça! Estive observando os teus passos, um a um, faz algumas horas que estou aqui de longe e eu sei que também estás a me observar! Sei que me olhas com doçura e agora me fala com delicadeza, me segura à mão e me beija os lábios. Mas olhe, é encantado que venho lhe pedir, que seja só uma noite, ou que seja o suficiente pra se fazer um grande amor.
É que eu andei esbarrando por aí com tudo o que eu não procurava, belas moças como você, dessas que te fazem parar o seu tempo, que te tiram do seu sossego sem intenção ou coragem de ficar. Mais que isso, se fazem como uma cratera, um nó. Acabam marcando mais pela falta do que pela presença, então, se fores mais uma delas, tenha dó. Deixe-me aqui, com esse meu velho sorriso largo. Eu tenho tanto medo, mas posso vencê-lo. Mas antes seja honesta comigo.
Eu sou tão sincero menina, na verdade acho que ainda sou tão criança. Eu cometo sempre os mesmos erros tremulo, eu sempre sou tão seguro pra quem não preciso. Mas é que eu ainda sou um menino, desses transparentes, deveria ser qualidade, mas andam dizendo por aí que  não é não! Essas coisas de ter que ser isso ou aquilo, a gente tem que ser a gente mesmo, de onde eu vim a gente só  tem que ser a gente mesmo, menina. Pode ser você mesma, eu não me incomodo, contando que seja clara e me olhe nos olhos, sempre.
Mais uma coisa, se um dia tiver que me dizer algo que eu não goste, diga sim! Diga olhando pra mim, seja clara, pode ser que a dor me atormente algumas noites, mas eu vou te admirar a franqueza, a transparência e a sinceridade. Sou desses meninos atrapalhados que perdem mais por serem sinceros do que pelo que merecem perder. Mas eu não me incomodo com isso, eu só preciso respirar bem pra dormir, sem fardos.
Olhe-me nos olhos, me dê sua mão. Eu posso confiar em você?

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