quarta-feira, 27 de março de 2013

Quem sabe.





Nem provérbio chinês, nem poetas românticos. A maior verdade sobre o amor vem da paciência e da compreensão.
Os sábios diriam que o martírio começa exatamente no momento em que os olhos começam a brilhar, os leigos diriam que isso é corriqueiro e que pode ser facilmente substituído por qualquer sensação parecida. Eu digo: Tudo isto é bobagem!
Um toque de mãos e o universo se faz de coadjuvante, só uma troca de energias cósmicas ou às vezes até carmicas, os corpos se desejam cheios de necessidade da proximidade, não há promiscuidade, tudo se explicar pela simples necessidade de ali estar. Ali permanecer indiferente ao tempo, as convenções, as necessidades.
Quantos corações se encontram e se perdem? Faço uma correção na frase: Quantos corações se encontram e se reencontram, vida após vida num acontecimento único - porque não há nada que possa ser comparado – Quantos amantes leram os mesmos romances e nem sabem?
Pegue na minha mão menina, o mundo é perigoso, eu sei! Mas desta vez eu sou a lança e o escudo, e você nem imagina quantas juras de amor eu te fiz trancado na escuridão do meu quarto sentindo o frio da tua ausência. Eu cresci um bocado, te olhei com ar de quem se mantinha distante calando dentro de mim a luz que se acenderia caso eu me permitisse te olhar os olhos por alguns segundos. O meu amor é seu, só ando mantendo ali, guardado pra quando me mostrares o teu. Como eu disse, o amor é paciência, e se eu me deixo exaltar me antecipo nas emoções e te entrego tudo o que não é hora de entregar.
Aprendi a te amar em silêncio, mas me tornei cada vez mais pronto a ser seu. E pode ser que escolha as paisagens, os desafios, as vitórias. Mas o que não sabe é que meu amor também é um desafio, uma paisagem e uma vitória. O que não sabes eu não posso atropelar, eu sou mais um desses amantes que o mundo desconhece. Eu sou daqueles que já não existem mais, e sou seu. Pois é!
Te espero. Ali, logo ali naquela montanha no por do sol, já escolhi uma canção e quando chegares lhe darei um beijo longo e calmo, te olharei nos olhos e direi: Eu estava esperando por ti, meu amor!
Pegarei em sua mão e colocarei sobre o meu peito com os seguintes dizeres: Sente só, isso é você, não sou eu. É você viva dentro de mim pulsando de uma maneira que você nunca pulsou em você mesma. Isso é a propagação da tua energia, refletindo em outro corpo, é um pedaço de ti escondido dentro de mim, me fazendo ter dentro de mim uma extensão da sua luz.
Lentamente colocarei os meus braços em volta de ti e te pedirei pra ficar por mais um segundo, mais uma hora, mais um mês, um ano, uma vida. E você vai partir uma hora ou outra, deslizando entre meus braços e nessa hora hei de te sentir pulsando, pulsando como pulsa agora, pulsando como sempre há de pulsar. E depois de tudo isso eu ainda te encontro por aí, em outro dia, outro sonho, outra esquina, outra vida. Quem sabe.

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