Fecho as portas pro
tempo, escuto passos no escuro e durmo, finalmente em paz.
Aquele velho sorriso
voltou ao meu rosto, em outra tarde de primavera. Quem dera fosse
sempre assim!
Eu não procuro amor em
novos lábios, eu só procuro novos lábis pra aquecer as noites
frias desta estação, aqui, no centro do sudeste, no coração do
meu mundo colorido!
E você, que procura
por um novo amor, como se te fosse vital ainda não conhece as asas
dessa liberdade, essa de poder se apaixonar todos os dias pelas mil e
uma possibilidades que a solidão – aqui não escrita em palavras
tristes, aqui estampada em um sorriso despreocupado- te dá.
Eu já me apaixonei por
algumas mulheres, algumas que eu amaria outra vez, outras que não!
Eu tenho repetido pra
mim mesmo todos os dias, que o meu sorriso é a minha maior
fortaleza, e que é ele que eu devo buscar. Sendo assim, acordo de
manhã e sorrio pra mim mesmo, no espelho do banheiro, despreocupado.
Digo bom dia ao dia e sigo feliz!
Não me olhe com tanto
espanto, leitor!
Eu sou o mesmo poeta de
sempre, e por isso mesmo mudo de opinião, de sentimentos, de
palavras. Mas eu sou sempre sincero, comigo mesmo!
Tá vendo as pernas da
moça que passa? Enxerga esse sorriso latente? Eu sou amante desta
arte de hipnotizar que ela tem, mas não a quero pra mim! Quero no
máximo algumas horas de sua atenção, um beijo quente, e um até
logo que pode ser adeus. Ela é livre e poderá seguir, assim como eu
desejo seguir. As boas coisas da vida deveriam ser assim, livres!
Mas eu sei que mais
tarde, quando eu menos esperar, virá o amor novamente aterrorizar
meus sonhos. Mas deixe estar, que será dia claro, até que ele venha
novamente nos devastar!
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