quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Liberté.





Lidei com alguns pensamentos só meus. Eu era aquele menino de sempre, de olhos escuros e coração tranqüilo, o vendaval havia passado, a dor também. E eu sabia.
Me entreguei outra vez aos livros, a aquelas músicas em altura ambiente. Não existia mais aquele barulho todo dentro de mim querendo invadir o lado de fora. Eu voltei a olhar pra aquelas moças que passam, aquelas que passam me convidando a ir também.
Eu ainda sou tão jovem, meu amigo. Eu ainda amo tanto essa liberdade, essa que me possibilita de mudar tudo caso eu queira, colorir, me prender e me soltar a hora que eu quiser.
Eu voltei a ver brilho em outros olhos, outros olhos voltaram a ver brilho nos meus, eu ainda me sinto bem quando eu consigo ser leve, sorrir com brilho na  alma. Eu não tenho nada que me prenda, a não ser essa vontade enorme de ir  além.
Você nunca enxergou que o que me amedronta é somente o que me prende? O que me atormenta é o que quer me levar pra sempre. Mas o que quer só ir ali e mudar de opinião caso queira me instiga. Sorria comigo, eu sou só um menino ainda, e tem tanta vida pela frente, tanta vida!
Hoje eu andei por aí, ouvindo algumas canções e pensando no quanto me fazia bem andar de vidro aberto, sentindo o vento no rosto, pensando o quanto me fazia leve andar sem destino, ir logo ali e voltar horas depois, sem destino, sem parada.
Pensei em quantos alis eu ainda quero conhecer, ali em diante, ali do outro lado do mundo, só pra olhar a paisagem e voltar. Só ir, me deixar levar.
Tire as unhas no meu peito, tire esses olhos do meu samba. Porque  nem sempre esse é o meu ritmo, nem sempre essa é a minha cor, nem sempre esse é o meu lema.

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