quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Sempre assim.




Quarta, quinta-feira, seria dia banal. Meados de fevereiro, dia quente, noite propicia a tempestades, maus pressagios e catastrofes, algo que soaria dolorido no meu peito de poeta, de escrevedor, não fosse aquele sorriso. Ah, aquele sorriso que traz luz pra todos esses dias!
Me dá teu abrigo, bela menina, linda mulher! Me dê mais pouquinho dessa tua presença, é outra tarde de fevereiro! O coração nas mãos, o sorirros nos lábios, é o que eu trago pra ti!
Não se esqueça que hoje é … sei lá, quinta-feira, que os ventos trazem uma chuva de verão, mas que aquilo que pulsa no meu peito não é como esse temporal passageiro, mas também não é menos devastador, muda tudo onde passa, me faz ser só seu nas noites e dias de qualquer estação.
Eu seria o menino do sorriso maldito mais uma noite, mais um gole, outro dia sem sentido, mais uma noite de verão. Mas não! Hoje eu acordei tão doce e ainda despenteado sorri pra mim mesmo no espelho do banheiro; cara de sono, sorriso de criança, tudo isso por você.
Ainda nem amanheceu, na verdade ainda nem é quinta-feira, se eu ainda não dormi, não é!
Mas venha cá! Me dê sua mão, nós vamos dançar! Assim desordenados! Não é um tango, nem uma milonga, não! Não é um samba, nem qualquer outra coisa que possam nos ensinar.
Venha, é só seguir os meus passos, sem dois pra lá, dois pra cá; é só me acompanhar, é só me tocar e me deixar te levar, comigo, por mim, por ti.
Me dê a mão, ainda é verão, ainda é fevereiro! Ainda somos tão jovens, menina! Ainda temos o sol a nos guiar, o tempo a nosso favor, os sonhos, o ar, os dias!
Eu sempre sonhei com você, sem pressa, eu sabia que você iria chegar. Assim, feita pra mim!
Enfim, o dia ainda nem nasceu, nós temos tanto tempo! Nós temos um ao outro, e amanhã será assim de novo, e será sempre assim!


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