Talvez
fosse eu pra sempre dela, aquele menino que nunca teve outro amor. Eu
me perdi em mil palavras, talvez aqui mesmo. Mas ela não, ela nunca
se perde dentro das minhas linhas.
Talvez
eu nem soubesse andar nessas linhas, e talvez elas fossem ainda mais tênues caso você não estivesse aqui. Tênue entre o sorriso e a
loucura. Você faz de mim mais calmaria. Eu vejo em você a
imensidão.
Talvez
outros poetas já tenha te descrito, mulher dos sonhos. Mas eu venho
te amando, te amando pele e coração, te amando olhos e tato, te
amando enquanto respiro, mais uma vez, sempre e sem parar.
Eu
não contaria meus passos caso caminhasse em uma linha reta, seria inútil medir o que tem medida. Mas às vezes conto os passos, pra
tentar medir o que não tem. Também me parece inútil, mas me arranca
sorrisos domingo de manhã nublada, agosto, sei lá. Começo de
setembro.
Seria
o acaso, caso não fosse você. Não faz muito sentido mas me enche
os olhos, me balança a alma, me traz calma, segunda de manhã, no
meio do maremoto, depois de feriado, quando o mundo real bate a
porta. Eu ainda ando devagar, eu ando sorrindo por aí esse meu
grande amor.
Eu
sou um escrevedor, poderia ser sábio, poderia ser grande, poderia
ser destemido, mas na falta disso tudo, eu sou um escrevedor.
Você
é a dona desses sonhos, dessas tardes e desses sorrisos. Poderia ser
dor, poderia ser tristeza, mas entre uma coisa e outra, você é vez
ou outra saudade. Aquela saudade acompanhada de um sorriso, que morre
em um abraço forte, um beijo quente, sexta-feira à tarde, seria dia
banal. Mas com você nenhum deles é.
Não
ande perdida entre as minhas manias banais, eu sou o bom menino
dessas histórias que você sempre lê. Aposto que achava que eu não
existia e mais, aposto ainda que não sabia quantos problemas eu
tenho.
Mas
uma coisa lhe garanto, dona dos meus sonhos, eu sou o teu amor mais
fiel, e serão sobre você essas linhas, serão sobre nossos dias
corridos, serão sobre feriados e dias preguiçosos, amor incomum.
Desses que merecem ser escritos, descritos, vividos.
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