quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Sobre ela e mais nada.




Talvez fosse eu pra sempre dela, aquele menino que nunca teve outro amor. Eu me perdi em mil palavras, talvez aqui mesmo. Mas ela não, ela nunca se perde dentro das minhas linhas.
Talvez eu nem soubesse andar nessas linhas, e talvez elas fossem ainda mais tênues caso você não estivesse aqui. Tênue entre o sorriso e a loucura. Você faz de mim mais calmaria. Eu vejo em você a imensidão.
Talvez outros poetas já tenha te descrito, mulher dos sonhos. Mas eu venho te amando, te amando pele e coração, te amando olhos e tato, te amando enquanto respiro, mais uma vez, sempre e sem parar.
Eu não contaria meus passos caso caminhasse em uma linha reta, seria inútil medir o que tem medida. Mas às vezes conto os passos, pra tentar medir o que não tem. Também me parece inútil, mas me arranca sorrisos domingo de manhã nublada, agosto, sei lá. Começo de setembro.
Seria o acaso, caso não fosse você. Não faz muito sentido mas me enche os olhos, me balança a alma, me traz calma, segunda de manhã, no meio do maremoto, depois de feriado, quando o mundo real bate a porta. Eu ainda ando devagar, eu ando sorrindo por aí esse meu grande amor.
Eu sou um escrevedor, poderia ser sábio, poderia ser grande, poderia ser destemido, mas na falta disso tudo, eu sou um escrevedor.
Você é a dona desses sonhos, dessas tardes e desses sorrisos. Poderia ser dor, poderia ser tristeza, mas entre uma coisa e outra, você é vez ou outra saudade. Aquela saudade acompanhada de um sorriso, que morre em um abraço forte, um beijo quente, sexta-feira à tarde, seria dia banal. Mas com você nenhum deles é.
Não ande perdida entre as minhas manias banais, eu sou o bom menino dessas histórias que você sempre lê. Aposto que achava que eu não existia e mais, aposto ainda que não sabia quantos problemas eu tenho.

Mas uma coisa lhe garanto, dona dos meus sonhos, eu sou o teu amor mais fiel, e serão sobre você essas linhas, serão sobre nossos dias corridos, serão sobre feriados e dias preguiçosos, amor incomum. Desses que merecem ser escritos, descritos, vividos.

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