Eu
nem tinha te deixado ir ainda, quando as mãos deslizaram, o beijo
foi desajeitado, naquela correria toda, de quem não quer partir, de
quem não quer deixar partir. Beijo partido que nem o coração.
E
eu fui te vendo ir, eu sabia que te veria daqui a pouco, que nosso
amor é diferente, que aquilo era um até logo! Mas minha menina,
quem vai dormir nos meus braços essa noite? Quem mais além de você?
Ninguém!
Certa
feita achei que sabia sobre o amor, achei que já tinha amado, que já
era vivido, que jamais seria assim. Mas é bem mais forte que
qualquer coisa. É melhor porque cresce com o tempo, eu sou teu
menino turrão, chorão e sentimental. Transparente demais pra
esconder que estava aflito ao te ver ir.
Leva
contigo meus sonhos, o meu amor e a minha saudade, que logo que chego
aí, aí onde a praia banha a cidade, aí onde os meus sonhos já
moram. Leva no teu coração o teu menino, um pouco desajeitado, que
perto de você é o que diz aquela cação tão clichê. Só um
menino.
O
meu amor é tão manso, mas às vezes parece terremoto, parece
tumulto, fim de tarde de sexta-feira e eu louco pra ir pra casa, me
deitar no teu colo, sentir o teu amor bem perto.
E
a cama fica grande, parece que me falta um pedaço, me falta um
pedaço inteiro longe de você. Tão longe, tão perto. Tão distante
e tão seu. Eu sou o teu amor e é assim que vou continuar vivendo,
vivendo uma saudade que é só nossa.
Mas
logo eu chego pra nunca mais partir, chego pra segurar tua mão e
viver a vida. Ser só seu, assim, como eu já sou. Só que de mais
perto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário