Uma tempestade invade os meus olhos no fim de um dia banal. Não leve a mal as palavras desse poeta ambíguo. Ele tem nossos olhos as cores de todas as estações.
Perdido nos seus próprios ditos, malditos amigos do medo de amar mais do que pode.
Os batimentos acelerados, o sangue pulsando tão rápido, a ponto de machucar o coração.
Lembrou dos olhos dela, era tudo! Um pouco oblíqua, uma tanta cigana, dissimulada às vezes. Era tudo o que ele queria.
O corpo dela conversava tão bem com o dele. O menino nú, não só das vestes mas de si próprio. Tudo dela.
Deixou para escrever outro e outro poema quando o dia nascer. Mas não se levantou para ver o sol, o sol o lembrava o sorriso dela. Mas nas noites frias também não escreveu.
Em arrepios de medo febril, dormiu no canto da cama, feito criança com medo, guardando o segredo de tentar não amar. Mas ele amou.
Uma tempestade se fez na minha alma, esperando o nascer do sol. Mas eu não acordei para contemplar.
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