quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Mal sabe o coração do poeta...


Daqui de cima eu posso ver seus passos certos te levando a lugar nenhum, de que vale toda essa teimosia se não amas quem está ao seu lado? Se não estás ao lado de quem amas?
Eu te olho como quem entende, sim, eu entendo, pois por tanto tempo te procurei, mas hoje garanto que nem quero mais encontrar. Me dê um pouco da tua companhia que já é o suficiente.
Tão longe desses olhos rasos tu foi feliz, se agarrou a ilusões, se manteve entusiasmada, achou bom. Bem, agora é a minha vez!
Não questione meu coração, ele prefere se manter calado, sozinho, que se render aos seus encantos, eu já fiz isso uma vez, não tenho boas lembranças.
Eu não falo de dor, eu falo da ausência da dor que me preenche e que deixa meus dias mais claros. É eu te esqueci!
Mal sabe o coração do poeta que ele também está sujeito aos sentimentos que escreve, e que ele como qualquer um pode não saber lidar com eles, mal sabe o coração do poeta que ele também pode amar, chorar, sofrer.
Daqui de cima te observo, não sinto mais o que sentia mas zelo por ti com grande apreço menina, ainda quero ser os braços fortes que envolvem seu corpo quando precisar, mas de forma diferente.
É que sentimentos não se vão, sentimentos se transformam. Sentimentos que se vão não são dignos sequer de serem chamados de sentimentos.

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