terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Do primeiro ao último gole


Hey menina! Eu ainda sei falar de amor, parece que não mas eu sei, eu só não sinto mais. Hey garota! Eu ainda lembro da canção que você me mostrou, aquela que eu cantava só pra você ouvir.
Eu ainda conheço os lugares que você me mostrou, mas não, eu não quero voltar até lá.
Amores são como filhos criados dentro de nós, que vivem menos que a gente, pra não perder um amor não tenha um amor!
Tem dias em que é tudo claro e eu consigo viver, eu me distraio com as fotos, eu olho as pessoas, eu enrolo meu tempo. Existem dias que eu sinto falta de casa, e sim, dessa vez é pra sempre.
Não queira entender minha falta de sentimentos, eu juro que queria voltar a ser o que era antes, mas eu não posso, eu me sinto como uma criança que se queimou, eu tenho medo, medo do fogo.
E não pense que isso me faz feliz, não faz, um ser que não sente no fundo é um pouquinho de tudo, tudo o que não deveria ser, um pouco de solidão, um pouco de desapego, um pouco de dor, um pouco, no canto, sem muito o que dizer.
E todas essas pessoas menina? Essas que me cercam? Essas que acariciam os cabelos, me seguram nos braços, me beijam nos lábios? E todas elas?
No fundo, bem no fundo, eu queria me apegar a uma delas, mas o que acontece comigo garota? O que ocorre? Por que doí tanto?
No fundo, bem no fundo, eu queria de volta o coração, aquele que não ficou contigo e nem veio nas caixas entre as coisas que você mandou devolver, aquele que se perdeu, por onde ele anda menina?
No fundo eu queria também me lembrar de onde está a alma, pois, sem alma meu espirito perambula por aí, e mesmo sem coração ele sofre, do primeiro ao último gole.

Nenhum comentário:

Postar um comentário