segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O ponto frio. A brincadeira do fogo.


Não é hora!
Abra as janelas e deixe a luz entrar, mas deixe claro, não é hora!
Sim! O coração entende! Estou sendo irônica, se é que você me entende, afinal de contas, quem manda no coração?
Quando há fagulha há risco de fogo e é dele que eu ando fugindo, mas enfim, ainda tenho medo de perder certas coisas por fugir.
Não me venha devorando a alma, se contente com o corpo, me faça gostar mais do seu que dos outros, mas não mexa onde não deve! Eu sei, é inútil te dizer isso, afinal de contas não é você que toma essa decisão.
Eu não sei que sinto, sei que, na verdade tenho até medo de descobrir, me sento aqui, observo e tento neutralizar, mas, eu sei que pouco adianta.
Mas alguma coisa me faz ficar aqui, eu sei que é perigoso, sei que não é hora de brincar com fogo, mas eu brinco, como se eu precisasse fazer isso, como se não tivesse escolha.
Eu sei que não era o combinado, mas não fui eu quem infringiu as regras, as regras são ilusórias e ilusão é tudo o que eu tenho vivido, eu me dou bem com ela, mas, eu tenho muito medo de não estar lidando com ela desta vez, então entenda, o problema é meu, só meu.
Daqui eu posso te ver, eu posso imaginar mil coisas, mas, imaginar pode ter limites, acho que estou perto dele ou já passei, sei lá, como eu disse eu não reconheço mais o que sinto. Não tente entender.
Faça o que fizer eu não vou te censurar, sei que as vezes ajo com frieza, desculpe se as vezes eu não sei o que dizer, eu não vou falar coisas pra me arrepender mais tarde, eu me recuso a brincar com você assim como você não brinca comigo. Não que eu tenha medo de dizer que sim quando é não, é que o maior medo é dizer que não quando é sim. Mas repito, eu não sei mais o que sinto, geralmente nem sinto, acho que há tempos que sentimentos não são o meu forte.

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