domingo, 26 de dezembro de 2010

Um novo motivo para a insônia.


Ela bate a janela, não que não possa entrar pela porta, mas porque ela é diferente, foge do convencional e isso me chama atenção de forma absurda.
E assim ela acaba despindo minha alma antes de despir o corpo, ela faz por gosto, eu sigo as regras do jogo e nada mais. E embora eu pareça estar sob controle, este, já se perdeu a tempos, e nem eu sei bem ao certo quando.
Ela habita a imaginação, mas sim, eu sei que em pouco tempo habitará o presente e posteriormente deliciosas lembranças, chegou como quem sabe o que quer, se sentou no meio da sala e prendeu minha atenção, não vejo mais nada além dela.
Eu sei que, as vezes eu pareço estar regendo o jogo, mas pura tolice! Ela dá as cartas, eu faço como quem sabe o que fazer e é assim que eu acabo ficando, muda, sem direção.
Faz tempo que eu não noto alguém com tanta atenção, as pessoas vem passando despercebidas até quando toco seus corpos, parecem tratos onde eu mato suas vontades e elas acalmam meus desejos. Parece frio, mas é a verdade.
Faz tempo que o tempo passa indefinidamente, inconsequente, fugaz. Mas desde quando ela entrou eu a percebo, ali, no meio da sala devorando meus pensamentos, mastigando meus desejos como quem brinca com algo que não vai saber controlar. Parece inconsequência, e é.
Que seu corpo seja o destino, que este seja completo como a muito tempo não é. Que me satisfaça, que eu a satisfaça com grande entusiamo. Que ela não se esqueça, que eu não me perca depois.
Tem dias em que é difícil entender certas coisas, e enfim, por hoje eu não entendo, mas me arrisco, simplesmente porque deve valer a pena. É, vale a pena!

Nenhum comentário:

Postar um comentário