quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Hoje não é o dia...


Não é um bom dia pra escrever. Mas enfim a chuva lá fora me instigou, eu não sinto muita firmeza nas palavras, mas lá vão elas.
Existem dias em que nada é fácil, até o que é em dias comuns é simples passa como uma carga pesada, nos faz pensar duas vezes, nos arranca falta de animo, coragem, energia.
Entre meus muitos dias existem dias claros, com sorrisos reais, boas companhias, coisas descontraídas, falta de saudade, apreço pelo momento, pelas pessoas.
Mas hoje eu me contento com o café quente, a chuva, o frio, a saudade, a dor, a falta de apreço pelo momento.
Ontem eu sabia exatamente o que fazer, e embora eu estivesse no mesmo lugar eu sentia vontade das pessoas, de suas palavras, de seu entendimento, de seus momentos bons, de suas vontades, lábios, braços, corpos.
Hoje eu só quero um pouquinho da minha própria atenção, sempre dispersa, a mil por hora, sempre a frente, sempre antes de qualquer planejamento meu. Hoje eu precisava de mim, mas por onde ando?
Eu sei tanto sobre mim, mas ainda me assusto as vezes, quando tomo decisões grandes, aquelas que eu nunca saberia tomar, sim! E ainda não entendo o que acontece quando eu não consigo resolver coisas pequenas, lidar com sentimentos meus, resolver questões óbvias.
Acho que no fundo todo mundo é assim, é mais difícil lidar com o coração que com a cabeça, as vezes minha maturidade intelectual briga com a minha imaturidade sentimental e eu nem sei mais quem sou, isso faz de mim uma pessoa curiosa, interessante, diferente, como todos os outros.
E é por isso que eu fico com meu café, o frio, e as minhas palavras rasas, sem muito sentido pra quem vê de fora, e é por isso que eu sei a cada dia mais onde piso e menos sobre o que sinto.
Mas enfim, não se pode ter tudo! Não é?
Mas eu disse, e digo novamente, hoje não é um bom dia pra escrever.

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