quarta-feira, 27 de abril de 2011

O relógio.


Acordei um tanto amuada, olhei para o relógio parado ao lado da cama, resmunguei alguma coisa e voltei a dormir. Eu não sabia muito bem se era hora de levantar, não sabia muito bem se era hora de dormir, não sabia muito bem que horas eram. Enfim, não importava.
Fazia frio naquela noite, dia, não sei bem ao certo. Mas fazia frio.
Meu coração batia forte no peito, era uma saudade, uma falta, um amor, tão grande que me roubava as horas e me trazia lembranças de um futuro feliz. Saudade do que ainda está por vir, nostalgia contrária no tempo. Um querer que não se findava, uma saudade que machucava sem doer, um querer, querer, querer.
Aos pouquinhos fui despertando, um tanto tonta, sem muitas palavras atendi o telefone.
Do outro lado você bem mais que desperta falava sobre seu dia, afazeres, obrigações, e eu prestando atenção em cada palavra só desejava que aquele meu mundo sonolento ficasse de lado e que seus deveres ficassem pra depois. Na verdade eu só queria você aqui.
Entendes como a cada dia eu te amo mais? Entendes o tamanho da revira volta que fazes? Entendes amor?
É um coração a ser carregado no peito, com precauções com o que agora é seu. São as horas contadas no relógio, os dias no calendário, o tempo brincando com meu coração, como uma canção que tem seu tempo, sem pretensão de se adiantar ou atrasar.
Entendes meu amor?

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