domingo, 1 de maio de 2011

Vidas.


Me levantei ainda meio tonta, me sentei na cabeceira da cama e comecei a me lembrar de quantos caminhos cruzamos até chegar até aqui, eu era de pedra e você de sabão.
Sabe aqueles lugares impenetráveis dona dos meus olhos?
Sabe aquelas rochas que fazem o curso do rio e nunca se submetem a ele? Sabe?
Me parece franco ter um amor tranquilo, me parece doce o balançar da rede. Me parece certo me render ao amor, mas só ao seu amor.
Não me faz mas sentido aquela vida vazia de antes, que sempre me trazia solidão, não parece me fazer feliz aquela liberdade se minha felicidade está presa a ti. Não me deixe aqui jamais.
Tudo é tão passageiro como a vida, como aquela dor de cabeça no fim da tarde, como aqueles cinco minutos de ilusão, tudo é passageiro. Meu amor não!
Saiba, você que é dona dos meus olhos, dona de tudo de bom que existe em mim. Saiba! Que quando a noite dessa vida chegar, quando o rio se juntar ao mar, quando o destino dessa vinda estiver cumprido, eu viverei outras vidas a procura do teu amor, porque meu amor não acaba aqui, nessa vida. Ele te seguirá dias a fio, vida após vida. Com lembranças que até eu desconhecerei de todas aquelas manhãs em que foram esses seus olhos que procurei ao meu lado esquerdo. E sem querer, automaticamente eu despertarei olhando fixamente para esse lado da cama, procurando aquilo que eu só encontro em ti.

Há de ser você meu grande amor, há de ser nessa e em outras vidas!

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