segunda-feira, 4 de julho de 2011

A Saudade.


Entre tantos sentimentos dos quais eu falo sempre, hoje eu resolvi falar de saudade.
Saudade amigo, é aquela dor que fica ali, nas beiras do coração, e que se você deixar se alastra pelo corpo inteiro, faz com que você brigue com outros pensamentos enquanto trabalha, dorme ou tenta se distrair um pouco.
É como se fosse uma fome que não se sacia, e você começa a tomar litros de agua achando que vai fazer parar.
Saudade é como aquela perna bamba depois de horas em alguma fila que nunca anda, é aquele tipo de coisa que te deixa um pouco sem ação. Todos os dias sentimos saudade, de qualquer coisa, da infância, do amigo ou de um amor.
O dia está um pouco frio, o sol saiu tarde, eu tinha tanto trabalho. Eu trabalhei tanto pensando nela, na saudade. Tanto que resolvi escrever.
Existem dias parados no tempo onde tudo é um pouco assim, e que mesmo fortes carregamos no peito muitas saudades, saudades daqueles que se foram e daqueles que ainda estão por aí.
Me lembrei também daquele senhor forte, aquele que me embalava quando criança e que me conduzia já adulta, me lembrei dos seus cabelos brancos e de seu sorriso constante. Dono de uma alegria infindável. Não era um João qualquer, e mais uma vez senti saudade.
No caso dele aquela saudade de chegar fim de tarde, tomar um café e falar sobre a vida, assistir um jogo do nosso time, aos gritos, aos berros. Senti saudade do meu pai.
Senti saudade da família grande que aos natais se encontrava em volta dele, senti saudade, saudade, saudade.
Senti saudades de um amor, saudades de um tempo, saudades de tudo aquilo que um dia me fez bem. Fechei os olhos e conversei com ela. A saudade.
Pedi uma trégua para trabalhar, pedi que se ajeitasse no meu coração em seu lugar exato, já que meu coração anda tão em paz, já que tem existido ordem.
E combinei mais tarde conversarmos, sobre ela mesma. Sobre a saudade.
E enfim, voltei a trabalhar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário