
-Desvairada! Desvairada! Desvairada!
Ele falou por vezes consecutivas enquanto ela rasgava suas próprias roupas, jogava fotos pelo chão, destruía todo o quarto onde eles por inúmeras vezes se amaram. Ela estava possuída, ele tinha culpa, ambos já não tinham mais razão.
Bateu várias vezes contra o peito dele, ele apenas a segurança e fez coisas além do tipo que ninguém no mundo quer ouvir.
Não aguento mais ouvir este tipo de estória amigo, ando com tanta baixa imunidade a coisas assim, no fundo eu queria subtrair toda essa falta de bom senso e dar a cada um um novo coração, inclusive a mim mesmo. É que minha anda está tão cansada.
E um pouco distraído, distante, não entendo mal, não estou mal, sou só um pouco pensativo, neurastênico eu diria. Já chegou a dizer que me deu um certo charme, mas enfim, não vem ao caso quantas pessoas vem a achar isto atraente, o fato é que tem me feito conhecer tanta coisa de mim mesmo, coisas que nem eu sabia a meu respeito, que talvez nunca viesse a saber não foram esses ventos fortes, essas tempestades, essa calmaria posterior.
Agarra teu eu antes que se perca completamente todo o sentido de estar vivo, agarra o que te faz melhor, seja melhor todos os dias. Não tenha medo de se desesperar com uma dúvida, chorar com a mágoa ou sorrir com a felicidade. Deixe que você se sinta fraco , frágil, porque você não tem que provar nada a ninguém, exceto a você mesmo e só você conhece sua força.
Esteja disposto, e deixe essas estórias sejam cada vez menos contadas. Talvez se ele pedisse perdão, talvez se ela acumulasse um pouco mais de felicidade um final feliz a ser contado. Mas não me conte o que aconteceu no final. No fundo eu ando com medo de ouvir mais coisas sobre esse tal desamor.
"Não me mande coisas assim raivosas. Eu não tenho anticorpos para esse tipo de coisa."
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