sábado, 24 de setembro de 2011

Estórias.


- Desvairada! Desvairada! Desvairada!
Ele gritou por vezes consecutivas enquanto ela rasgava suas próprias roupas , jogava fotos pelo chão, destruía todo o quarto onde eles por inúmeras vezes se amaram. Ela estava possessa, ele tinha culpa, ambos já não tinham mais razão.
Bateu várias vezes contra o peito dele, ele apenas a segurava e dizia coisas desagradáveis daquele tipo que ninguém no mundo quer ouvir.
Não agüento mais ouvir este tipo de estória amigo, ando com tanta baixa imunidade a coisas assim, no fundo eu queria subtrair toda essa falta de bom senso e dar a cada um um novo coração, inclusive a mim mesmo. É que o meu anda tão cansado.
Ando um pouco distraído, distante, não entenda mal, não estou mal, estou só um pouco pensativo, neurastênico eu diria. Já chegaram a dizer que me deu um certo charme, mas enfim, não vem ao caso quantas pessoas vem a achar isto atraente, o fato é que tem me feito conhecer tanta coisa de mim mesmo, coisas que nem eu sabia a meu respeito, que talvez jamais viesse a saber não fossem esses ventos fortes, essas tempestades, essa calmaria posterior.
Agarra teu eu antes que se perca completamente todo o sentido de estar vivo, agarra o que te faz melhor, seja melhor todos os dias. Não tenha medo de se desesperar com a dúvida, chorar com a mágoa ou sorrir com a felicidade. Deixe que te achem fraco, frágil, porque você não tem que provar nada a ninguém, exceto a você mesmo e só você conhece sua força.
Esteja disposto, e deixe que essas estórias sejam cada vez menos contadas. Talvez se ele pedisse perdão, talvez se ela amasse um pouco mais houvesse um final feliz a ser contado. Mas não me conte o que aconteceu no final. No fundo eu ando com medo de ouvir mais coisas sobre este tal desamor.
"Não me mande coisas assim raivosas. Eu não tenho anticorpos para esse tipo de coisa."

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