sábado, 24 de setembro de 2011

Palavras.


Traçando caminhos de concreto sem deixar de seguir o coração, enfiando elefante em geladeira, passando um camelo no buraco da agulha, brincando com a própria existência, abraçando o coração. Às vezes eu uso jogos de palavras para desvendar o infinito de todas as coisas que eu queria dizer, às vezes falo sozinho quando não posso escrever, e uso a mesma linha de jogo de palavras, às vezes olho nos olhos e uso a mesma facilidade que tenho pra escrever para falar, quantos corações eu ganhei assim? A quantos deles dei valor?
Ah, enfim cheguei ao ponto desejado, a quantos dei valor? Enfim, parei um minuto, traguei o cigarro e me enchi de lembranças, senti saudades daqueles momentos onde me olhavam como o centro do universo, mas sinto muito, não sei mais usar das minhas belas palavras para iludir. Ouve minhas belas palavras menina linda? Consegues ouvir? Pois é, são sinceras. Resolvi te dar todas elas, não brinco mais com o coração, depois que descobri que tenho um, depois que aprendi a não me vigiar, as palavras vem surgindo de forma mais simples, mais verdadeira. Escuta só esse pulsar ensurdecedor, pois é! É meu coração.
Certo dia, me lembro que era tarde, eu sai pra ver o céu, minha insônia rotineira me convidou a conversar com as estrelas e aí, uma delas me contou que eu tenho um certo brilho mas que não deveria guardar pra mim, naquela noite eu tive um sono leve e sonhos bonitos.
Naquela noite me lembro que chorei um pouco, não por tristeza, mas por enfim entender mais alguma coisa sobre meu próprio coração. Vês que hoje eu tenho cuidado? Pois é, andei falando com as estrelas e cuidando do coração.
Aguarde um momento que eu vim ver o sol nascer!

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