segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Menina.


Brincando com coisas simples eu me meti a tentar encantar você, a cerveja caindo do copo, nossos dedos entrelaçados, eu corria no meio das pessoas te puxando pela mão a gente só sorria.- Loca! Você gritou quando paramos, eu apenas sorria e tentava de deixar confortável, solta. Acho que consegui.
A gente falava de coisas comuns, tão comuns mas no fim sempre haviam piadas sobre isto ou aquilo, eu achei interessante sua forma de sorrir, sorrir olhando nos olhos, tão transparente, direta.
Poderia ser mais uma dessas que passam, mas não, meus dedos entrelaçados aos seus me diziam para ficar mais um pouco, mais um pouco, mais um pouco ali, olhando pra você, mantendo você do meu lado.
Eu tenho uma série de vontades guardadas, eu tenho vontade de atravessar logo a sala e voltar a querer bem mais, mas por enquanto eu vivo o instante, eu vivo o momento, livre, livre como um pássaro que acaba de aprender a voar. Mas sabes menina, mas desta vez eu queria ficar.
Hoje eu sai para ver o sol se por, olhava para o céu com tanta fome de ver mais vezes isto acontecer, eu não desejo os dias passem rápido mas eu desejo ver o sol morrer por diversas vezes por ter certeza de que na manhã seguinte ele vai nascer de novo.
No fim da noite eu me lembro muito bem que te olhei nos olhos e te beijei por um longo tempo, quis teu corpo colado no meu por mais algumas horas, mas era hora de ir, voltar ao meu lugar. Não te disse coisas belas, não queria te iludir, mas saiba, eu quis te encantar, sem promessas, sem mentiras. Eu quis dizer sim quando você me pediu para ficar.

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