terça-feira, 11 de outubro de 2011

Mais uma vez.


Talvez eu atravesse essa sala enorme, pegue na sua mão, a beije e te convide pra dançar, assim, sem medo nenhum de que me achem brega ou cafona, o amor é brega desde que foi descoberto que ele traz felicidade, aqueles que nunca tiveram um amor acabaram por o chamar de brega ou clichê, por pura inveja daqueles que o experimentaram. Então pegue minha mão e aceite o convite, eu estive por horas olhando para você, te desejando, esperando o momento exato para te convidar.
Talvez eu pegue em sua cintura como quem guarda intenções por trás dos gestos, mas é exatamente o que eu faço, meus olhos nem sempre dizem o que eu quero fazer.
E então, talvez você me olhe nos olhos e me reconheça, se lembre de quantas vezes eu te olhei assim mas não agi assim, eu estive conturbado por muito tempo,talvez por anos, mas hoje eu sou diferente, vês? Vês que hoje eu sei demostrar?
E quando nossos corpos conversarem, enquanto a música tocar, pode ser que eu diga alguma coisa, pode ser que todo esse tempo se explique num simples olhar, ou não. Não é fácil prever sentimentos e reações alheias, e eu não seria pretensioso a ponto de querer prever. Eu não sei de você.
Eu não sei de você mas sei de mim, eu estive crescendo e hoje eu sei exatamente o que fazer com o que fica guardado, sei que já tardei, mas não deixei passar.
Um tanto quanto moleque meu coração faz travessuras, mas com o passar do tempo eu resolvi o soltar, deixar com que ele seja leve menina, por isso resolvi atravessar a sala e te chamar pra dançar, é só uma dança, meu mundo girando junto com o seu, meu coração batendo perto do teu, todas as coisas se encontrando, mas repito: -É só uma dança, não tenha medo de aceitar!
Eu não te faria mal, não faria mal nem a mim mesmo, eu não mentiria pra você, não mentiria nem a mim mesmo.
Então deixe pra lá o pesar, sinta suavidade dos meus atos, estou te convidando a deixar seu mundo perto do meu. Mais uma vez, mesmo que seja só mais uma vez.

“Talvez você pule esses três ou quatro muros que nos separam e segure a minha mão, assim, ofegante, pra nunca mais soltar.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário