domingo, 23 de outubro de 2011

O tempo não para!


Faço uma promessa ao destino, desato meus nós e solto o grito preso na garganta, escrevo sobre desatinos e paz como quem vive os extremos, aprendi a lidar com a luz e a escuridão e entre a cruz e a espada sempre arrumo um espaço para respirar.
Me visto de luz e digo bom dia ao dia que virá, mesmo sabendo que carrego no coração a felicidade e as dores de uma vida toda, carrego sem pesar o que é meu, carrego por estradas e ares, por terra e mares, ando meio lá meio cá, mas os dias de felicidade são maiores, mais numerosos e mais gostosos de serem lembrados. Mas enfim, entre uma pausa e outra ainda lembro de você.
Não faço questão dos milésimos, mas ainda faço questão dos segundos, gastos de forma precisa com qualquer tipo de aventura que faça meu sangue ferver nas veias, que não me deixe espaço pra solidão. Me faço companhia vez ou outra e aprendi a aproveitar, escrevi em todo aquele quadro do meu quarto: - O tempo não para! O tempo não para! O tempo não para! Muitas vezes até o quadro acabar. Mas o tempo continuou a passar.
Abri os olhos e acordei de um sonho obsoleto onde fadas e duendes se transformavam em bruxas más, a princesa era morta por uma legião de lobos famintos e o príncipe não tinha cavalo nem armas para lutar. Tudo era confuso, e eu rés espectador do meu próprio sonho me sentia impotente, mais que o próprio príncipe que não podia salvar sua princesa. Eu não sei o que este sonho quis me dizer, talvez não seja nada.
Parei de ser menino bobo, de contar paixões como quem conta troféus, como numa competição onde ganha quem sair sem se machucar. E me envergonho quando me lembro que um dia fui assim.
Mas amigo, escuta só, ainda existem coisas a desvendar, a cada dia aprendo coisas que jamais imaginei que seria bom aprender.
O plano sempre é falho quando o sonho e a vida real entram em conflito, e nessas horas ganha o coração bobo, o coração tolo, o coração que seja como for é sábio e sabe exatamente o que falar e por isso não cale a voz do coração.

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