segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Polisipo.


Feche os olhos, faça isso lentamente e se concentre no que vês. Se concentre nesta escuridão.
Escuridão, solidão, medo. Tampe os ouvidos agora e também ouça o silêncio. Agora, aprenda a viver no escuro.
Agora abra os olhos, veja as cores, se concentre em estar vivo, agora que sabes viver no escuro a vida clara parece mais bela que antes. “ Hoje eu acordei, agora eu sei viver no escuro.”
E se sabes viver no escuro, sabes perfeitamente lidar com a felicidade de todas essas cores. É o que eu venho dizer menina. Se esqueça de todas as coisas que te levaram até lá, mas não se esqueça da escuridão e dê valor nesta luz, lembre-se sem sentir dor, saiba que foi necessário.
Vá menina, não tenha medo de amar! Se jogue do último andar, deixe acontecer, o amor tem outras coisas, não se reprima, não se censure, seja um pouco inconsequente, seja, deixe ser.
Coloque uma rosa nos cabelos e um vestido alegre, tenha brilho no olhar, vejas a beleza nos olhos daquele que tiver encanto pra te conquistar, mas não se entregue por aí, se entregue quando sentir que deve realmente se entregar, mas se entregue por inteiro, pela metade não dá!
Parece loucura depois de tantos encontros e desencontros eu vir aqui, falar de entrega, mas haverão dias claros e escuros na vida, então, se tiver que ser assim, que não falte amor, que não deixemos ele faltar.
Mande cartas para Amsterdã ou Bagdá, mande cartas para o Rio ou simplesmente para quem está perto, bilhetes, poucas palavras, não perca a chance de escrever: - Eu te amo! Num guardanapo de papel ou no espelho com batom, hoje eu sei o quanto essas coisas minimas são importantes e acredite, não deixe de amar.
Vês brilho nos meus olhos? Acho que aprendi a acreditar e no fim é o que nos resta, ter nos olhos a esperança de que na vida tudo tende a mudar. Eu tenho mudado tanto, tenho plantado o que um dia um amor colherá. Eu não tenho pressa.


“Polisipo, em grego, significa “pausa na dor”. Têm sido, estes dias, polisipos...” CFA.

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