terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A espada e o esqueiro.


Exausto ele se sentou no chão da sala, havia se sentido um bárbaro cruel por causa de meias palavras mal ditas, estava cansado, somente cansado. Seu coração batia rapidamente e ele fumava tantos cigarros que não conseguia calcular.
Não era um homem de meias palavras, era um pouco rude, mas as vezes era tão doce, tão doce que não sabia se reconhecer, estava um pouco cansado, não estava triste.
Segurou em suas mãos o esqueiro e a espada e ficou em duvida se se matava lentamente ou se seria em um só golpe. No fim usou o esqueiro, era covarde de mais para matar o mal pela raiz.
Não era mau, não era perverso, era só uma ser humano com medo, cheio de medos e abismos, era simplesmente assim. Poderia ser melhor, vinha sendo melhor, mas o passado o perseguia como um fantasma sedento, como a morte que chegava aos poucos, como um suicida passivo cheio de pesares.
Mas havia tido dias coloridos e isso o mantinha de pé, enxergava alguns a frente por conta de uma bela mulher que atravessara o seu caminho por isso se matava devagar, porque sabia que a qualquer ponto iria acabar desistindo e se salvado. Por ela, só por ela.
Apagou o cigarro no chão, se levantou. Estava bêbado, um pouco cambaleante e sentia as lágrimas caindo do seu rosto, tirou toda a roupa e se deitou, no centro da cama, e por fim adormeceu.
Nos seus sonhos era um príncipe que não sabia se conseguiria liderar seu povo se um dia fosse rei, era um menino apaixonante em primeira impressão mas nunca conseguia manter aquela coisa em si, aos poucos era deixado pra trás, era totalmente errado e se penalizava por isso. Até que um dia se rendeu a um reino inimigo e morreu com flechas que atravessaram seu peito.
Acordou soado, meio confuso e pensou: O problema sou eu, sempre sou eu!
E outra vez se colocou entre a espada e o esqueiro, mas desta vez optou pela espada.

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