domingo, 12 de fevereiro de 2012

O menino voltou.


Tenho experimentando esses dias cinzentos de sol, quando eu saio com meus óculos escuros e não olho nos olhos, olho nos outros atributos um pouco gelado, um tanto quente.
Tenho experimentado outros beijos, uns que eu nem conhecia, outros que eu já conheço. E aí me coloco a pensar: “- Que graça essas garotas veem num menino tão perdido, cheio de abismos sentimentais, um menino que não se entrega e raramente ama por medo? Um menino que não é assim por opção mas sim por medo. Medo é coisa de menino!”
O menino está de volta, invade a mesa no café da manhã e se oferece para jantar comigo, acaba ficando pra dormir, e eu que sentia saudades dele fico aqui, me sentindo como se tudo voltasse a seu lugar, mas sinceramente, não sei o encanto que veem nesse menino perdido. Sempre tão avoado, sempre despenteado com um sorriso maldito nos lábios, um sorriso que nem sempre é de felicidade, um sorriso atrativo somente, do tipo que se tornou habitual, só sorriso de menino. Sorrindo pra não mostrar todos os abismos que tem dentro de si.
O menino não é um mostro, o menino é um qualquer. Um qualquer que traz consigo muita história pra contar, tem uma carga de vida, assim, como qualquer menino. O menino tem sangue quente nas veias, mas hoje acordou tarde, bêbado da noite passada, estava um tanto amoado, o menino sorriu mesmo assim.
Chegou a pensar uma ou duas vezes sobre o significado do amor, quis esquecer que existe amor, tem agido assim por não aguentar mais carregar o coração, deixou o coração em casa, levou a razão consigo.
O menino tem olhos de desinteresse, mas sorriso de malandro, bate e assopra ao mesmo tempo, o menino te ignora e te beija os lábios no mesmo instante em que se vai. O menino voltou!

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