sexta-feira, 25 de maio de 2012

Simples.

Quantos segredos estarão escondidos no fundo da sua alma? Quantas manhãs acordarei sem entender a confusão que fazes entre a pele e o que há do lado de dentro, quantas vezes confundirás a pele com o coração, o coração é um músculo vital, mulher! Quanto sangue ainda jorrará da ferida aberta? Quantos sorrisos ainda terei de gastar pra chegar a tua alma e aí sim poder sorrir de verdade, poder sorrir a satisfação de um porto, ser teu porto, ser teu mar, teu lar, teu amar. Quantas canções ainda cantarei pra parede azul, quantas vezes eu precisarei atravessar esse mar de ilusões pra enfim te encontrar real, do lado de cá, afogada em meu amor. Eu olho pra frente com jeito de menino bobo, troco os pés pelas mãos, mas permaneço, permaneço moleque sem enxergar quem realmente tu és. Talvez eu ainda fume um maço todo sentado no nosso lugar, tentando entender. Talvez eu ainda peça várias doses a mais e durma em paz, embriagado pelo álcool, pela saudade e pela solidão. Hoje não é o dia de trocar figurinha com o coração, hoje ele sabe o que quer, ele entende o que eu desconheço, e então me entrego a ele, me entrego outra vez. Eu sou só mais um menino, que tem medos e aflições, entenda. Talvez nem seja pra ser assim, talvez eu só não saiba te dizer que entre um dia e outro eu saio pelas ruas com as mãos nos bolsos e desejo te trombar, mesmo sabendo que não vai acontecer. Estás tão longe meu amor, longe desses olhos meus. Eu só queria te encontrar ali, na próxima esquina, no próximo bar, no próximo café, no próximo sorriso e ali permanecer. Quem sabe não pudesse ser simples assim?

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