quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Poesia.

Não venha me dizer coisas alheias, nesta noite de final de inverno o coração pulsa tranquilo no peito, o coração anda bem, caro amigo, cheio de uma luz radiante. Mas existem outras coisas. Quando me pulsava nas veias os vinte anos eu não me preocupava, mas hoje, não muito tempo depois, certas coisas passam a pesar, me pesa o tempo, aquele que não serve a si mesmo, mas sim ao destino, aquele que é o senhor do tempo. Eu me sento logo ali e me coloco a pensar, pensar naquele meu descuido habitual, aquela minha mania de me deixar pra depois. Podes pensar que eu sou um poeta morno, que sempre sorri. Mas eu sou um poeta intenso, que derrama as lágrimas mais pesadas quando as luzes se apagam. Eu também sou poesia, as vezes sou doce, as vezes sou trágico, em outras melancólico, mas sempre eu sou amor. Eu sempre sou só amor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário