quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Sincero.

Hoje eu acordei mais tarde um pouco, respirei fundo e senti saudades de você. Essa saudade que nunca me deixa, aquela saudade que ao mesmo tempo que machuca é gostosa de sentir. Não sabes o quanto me lembro de ti, mulher, o tempo todo, cada traço teu, cada detalhe teu. Não sabes que eu te levo onde quer que eu vá? É que mais que estar na cabeça, estas nas veias, pulsando, o tempo todo, como ar que entra nos pulmões na proporção exata. Caminhei no fim da tarde, deveria fazer calor aqui no centro do sudeste, mas faz frio, como se inverno fosse. Coloco meu moletom mais quente, coloco as mãos nos bolsos e caminho contando os passos, sinto saudade, mas também sinto aquele amor que é maior que eu mesmo. Me sentei naquele meu lugar favorito, de onde vejo todas as luzes na cidade e acendi mais um cigarro; eu sempre gosto de estar sozinho quando vou até lá, mas ando querendo a tua companhia até nessa hora. Falar sobre qualquer coisa, sorrir e no final disso tudo ganhar aquele beijo que eu desejo o tempo todo. Estive feliz, mulher! Embora a saudade aperte o peito, embora a falta me perturbe; é de ti que me lembro quando sorrio despercebido no decorrer do meu dia. Estive contando os passos pra chegar até aqui, com aquela minha mania de solidão, mas tenho que confessar que há algum tempo ela me deixou, tenho que confessar que é teu o meu sorriso mais aberto, são teus os meus dizeres mais sinceros.

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