Descalça ela caminhou
pelo parapeito, um tanto desajeitada abriu os braços, sentiu o vento
entre os dedos, sorriu destemida, com uma loucura indecifrável nos
olhos e sem olhar pra baixo se jogou.
Se jogou sem medos,
quis correr descalça de vestido por toda a praia, não ligou pra
aqueles olhares curiosos, deixou se aventurar. Olhou nos olhos
daquele amor como se fosse o último, olhou nos olhos daquele amor
como se fosse o primeiro, não deixou passar, não foi sequer
racional. Teve pra si o indulto que só é concedido à aqueles que
sabem amar. Não quis sequer saber qual era o preço, pediu uma
garrafa cheia e fechada, abriu e insiste em beber até o último gole
daquele amor que jamais será como os outros.
E já que não existe
amores iguais, resolveu que aquele, mesmo que fosse o último seria
vivido, em duas semanas de paixão em frente ao mar, ou em duas
existências inteiras. Seria eterno porque era presente, não quis
saber de passado, ignorou o futuro e decidiu ser feliz!
Não se importou com
outros detalhes, seria capaz de tudo caso tivesse aquele amor no
peito, venceu batalhas que sequer travou. Era doce, vivia uma vida
doce e as demais coisas pareciam simplesmente acontecer enquanto o
coração batia tranquilo no peito. Acabou por ser daquele jeito e
tudo o que quis teve.
Descobriu coisas que os
livros não explicam, e talvez esta seja a história mais importante,
que eu, um simples poeta venho contar.
Ela descobriu o segredo
para ter o mundo nas mãos e todos viram, poucos tiveram
sensibilidade suficiente pra decifrar. Ela sabia que guardava nos
olhos um segredo poderoso e este seu amor acabou por experimentar
algo que poucas pessoas foram capazes de tocar.
Não duvide quando a
menina diz que o tempo não para, que seu amor é o maior amor do
mundo, que hoje é o dia mais importante de todos e que nada vai
mudar seu jeito de pensar! Não duvide quando ela diz que o pouco que
tem pode mover o mundo inteiro.
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