quarta-feira, 7 de novembro de 2012

O mundo inteiro.


Descalça ela caminhou pelo parapeito, um tanto desajeitada abriu os braços, sentiu o vento entre os dedos, sorriu destemida, com uma loucura indecifrável nos olhos e sem olhar pra baixo se jogou.
Se jogou sem medos, quis correr descalça de vestido por toda a praia, não ligou pra aqueles olhares curiosos, deixou se aventurar. Olhou nos olhos daquele amor como se fosse o último, olhou nos olhos daquele amor como se fosse o primeiro, não deixou passar, não foi sequer racional. Teve pra si o indulto que só é concedido à aqueles que sabem amar. Não quis sequer saber qual era o preço, pediu uma garrafa cheia e fechada, abriu e insiste em beber até o último gole daquele amor que jamais será como os outros.
E já que não existe amores iguais, resolveu que aquele, mesmo que fosse o último seria vivido, em duas semanas de paixão em frente ao mar, ou em duas existências inteiras. Seria eterno porque era presente, não quis saber de passado, ignorou o futuro e decidiu ser feliz!
Não se importou com outros detalhes, seria capaz de tudo caso tivesse aquele amor no peito, venceu batalhas que sequer travou. Era doce, vivia uma vida doce e as demais coisas pareciam simplesmente acontecer enquanto o coração batia tranquilo no peito. Acabou por ser daquele jeito e tudo o que quis teve.
Descobriu coisas que os livros não explicam, e talvez esta seja a história mais importante, que eu, um simples poeta venho contar.
Ela descobriu o segredo para ter o mundo nas mãos e todos viram, poucos tiveram sensibilidade suficiente pra decifrar. Ela sabia que guardava nos olhos um segredo poderoso e este seu amor acabou por experimentar algo que poucas pessoas foram capazes de tocar.

Não duvide quando a menina diz que o tempo não para, que seu amor é o maior amor do mundo, que hoje é o dia mais importante de todos e que nada vai mudar seu jeito de pensar! Não duvide quando ela diz que o pouco que tem pode mover o mundo inteiro.

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