Eu me sentei no décimo
quinto andar, pensei em pular, juro! Mas aí outros pensamentos me
vieram a cabeça, soltei um sorriso bobo de moleque quando eles me
vieram, me senti uma criança quando acreditei naquilo que a vida me
dizia sorrateira, inconsequente, sem muita lógica. Me senti um
menino sem muitos pesares.
Oh meu Deus, como amei!
Como fui puro a maior parte do tempo. Me mantive criança o quanto
pude.
Posso não ter sido bem
aventurado na maioria das vezes, posso não ter sido tão seguro
quanto queria ser.
O quanto não tem
lógica menino crescido chorar por amor a essas horas? Não existe
lógica alguma essas horas!
Me encolhi no canto da
cama e chorei, chorei até o dia nascer. Um choro puro cheio de boas
intenções, que no fundo deveria se juntar a algum rio que desague
no mar e que leve ao meu amor somente as boas intenções do meu
pesar.
Eu volto a ser poeta,
mulher! Eu volto a ser o que sempre fui.
E se te entrego
lamentações, saiba: Minha mente de poeta é confusa, é um dom
incontrolável, caso contrário não seria eu um poeta, não seria eu
mais um desses seres cheios de defeitos e dons. Este é meu dom mais
sofrido e mais feliz, é perambular em busca de entendimento, é
querer conhecer mais de mim do que eu mesmo posso explicar.
Mas é sincero meu
amor, é sincero o meu querer. Porque nessas noites de verão eu
carrego no peito um coração quente, o mesmo que carrego nas mais
geladas noites de inverno.
Sou eu um sujeito
intenso, e embora pareça uma criança as vezes, sou eu um sujeito
vivido que sabe de fato o que quer.
Não inebrie a sua
noite, não confunda o seu dia: É amor! E sempre há ser!
Mesmo que o tempo nos
faça escravos desta viagem cheia de ilusões, mesmo que eu deixe de
cantar, mesmo que eu deixe de escrever, mesmo que eu me deixe de lado
as vezes.
Fui eu que inventei
essa minha mania de andar torto, sou eu quem deve consertá-la.
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