sábado, 29 de dezembro de 2012

Sem mais.


Eu me sentei no décimo quinto andar, pensei em pular, juro! Mas aí outros pensamentos me vieram a cabeça, soltei um sorriso bobo de moleque quando eles me vieram, me senti uma criança quando acreditei naquilo que a vida me dizia sorrateira, inconsequente, sem muita lógica. Me senti um menino sem muitos pesares.
Oh meu Deus, como amei! Como fui puro a maior parte do tempo. Me mantive criança o quanto pude.
Posso não ter sido bem aventurado na maioria das vezes, posso não ter sido tão seguro quanto queria ser.
O quanto não tem lógica menino crescido chorar por amor a essas horas? Não existe lógica alguma essas horas!
Me encolhi no canto da cama e chorei, chorei até o dia nascer. Um choro puro cheio de boas intenções, que no fundo deveria se juntar a algum rio que desague no mar e que leve ao meu amor somente as boas intenções do meu pesar.
Eu volto a ser poeta, mulher! Eu volto a ser o que sempre fui.
E se te entrego lamentações, saiba: Minha mente de poeta é confusa, é um dom incontrolável, caso contrário não seria eu um poeta, não seria eu mais um desses seres cheios de defeitos e dons. Este é meu dom mais sofrido e mais feliz, é perambular em busca de entendimento, é querer conhecer mais de mim do que eu mesmo posso explicar.
Mas é sincero meu amor, é sincero o meu querer. Porque nessas noites de verão eu carrego no peito um coração quente, o mesmo que carrego nas mais geladas noites de inverno.
Sou eu um sujeito intenso, e embora pareça uma criança as vezes, sou eu um sujeito vivido que sabe de fato o que quer.
Não inebrie a sua noite, não confunda o seu dia: É amor! E sempre há ser!
Mesmo que o tempo nos faça escravos desta viagem cheia de ilusões, mesmo que eu deixe de cantar, mesmo que eu deixe de escrever, mesmo que eu me deixe de lado as vezes.
Fui eu que inventei essa minha mania de andar torto, sou eu quem deve consertá-la.

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