sábado, 2 de fevereiro de 2013

Cigarros e canções.



Me perdi em mil pensamentos momentâneos, pensei em quantas vidas atravessei para estar aqui, não me lembrei de alguma coisa que tenha me trazido até aqui, mas enfim, eu havia chegado.
Havia chegado carregando no peito um coração forte o suficiente, mas que por algum motivo só queria cruzar a próxima esquina e cruzar com aquele sorriso, ter outra vez aquele beijo, sentir outra vez aquele calor.
Porque é que eu sempre venho falar de sentimentos? Porque é?
Eu cruzei a maior avenida, o dia estava nublado, eu não sabia aonde ir. Tão desastrado com a vida, tão desastrado. Eu quis conhecer o sabor de outros beijos, mas não senti à-vontade para experimentá-los. Sei lá, não os quis.
Ontem, não fosse a saudade eu teria saído para sonhar. Não fosse a saudade eu teria vestido aquele meu velho sorriso maldito. Não fosse a saudade eu teria ido.
Não fosse a saudade eu estaria mais solto nesta noite de verão, olharia outros sorrisos, sentiria na pele outras paixões, não fosse a saudade, menina, eu seria outro, não fosse a saudade você já teria me perdido, não fosse a saudade e o amor.
Hoje eu cantei inúmeras canções, eu não sou um cantor! Mas as cantei, decidi que se acolhem as canções eu seria uma delas, decidi que se não te toca ser a canção eu não mais escreveria pra ti. Fui falho, continuei a escrever sobre você, até a voz faltar e os dedos sangrarem nas cordas do meu violão, tantas eram as canções.
Me vesti de luz e trouxe luz pros meus olhos, fiquei te esperando no fim da tarde sentado no meu quintal, entre lágrimas leves e sorrisos, entre cigarros e canções.

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