Eu escrevi mil poemas chorosos, eu escrevi mil canções
tristes, foram as minhas melhores canções mas eu jamais seria capaz de
cantá-las de novo e trazer pra mim de volta aquela dor.
Eu nunca estive tão inspirado ao apego, depois de tanto
tempo de desapego, eu voltei a ser um menino qualquer de olhos transparentes,
um menino comum com um coração no peito.
Ela havia passado feito furacão, sabe como é amigo? Ela
havia passado e deixado marcas por todo lado, ela era presença até na ausência,
ela era daquelas mulheres a quem ele
teria cedido a vida afim de fazer com que ela fosse feliz.
Ele por diversas vezes tentou dormir sem pensar nela, mas o
que vinha a sua mente quando fechava os olhos eram aqueles lábios bem
desenhados em um batom vermelho, era aquele sorriso que vinha seguido de um
beijo, um beijo feito pra se unir ao dele. Assim, perfeita.
Ele por fim se encolhia na cama, e feito criança cantarolava
alguma canção pra que ele mesmo pudesse dormir, e por fim não esperava por
muito, mas mesmo sem esperar desejava ter de volta aquela presença ali, logo do
lado naquela cama que a há meses parecia ser tão vazia, desde que ela passou
por ali.
Entre canções alegres e tristes, ele sempre pensava nela,
era sempre a razão dos sorriso e das lagrimas ásperas que a saudade trazia, ele
havia seguindo em frente, mas parecia que uma parte de si havia sido encontrada
e perdida, e que por algum motivo, em algum dia ele precisaria voltar a algum lugar
para reencontrá-la. E dia após dia ele seguia em frente, seguia em frente
sabendo que ela já não fazia mais parte do seu passado, mas que teria que
voltar a aquele lugar porque desde que ela se foi, era como se ela fizesse
parte de um futuro incerto, mas de um futuro que existiria.
“ E é só você que tem a
cura pro meu vicio de insistir nessa saudade que eu sinto, de tudo o que eu
ainda não vi.”
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