sábado, 20 de abril de 2013

Afinidades, infinidades.




Eu retrucaria e diria pelas avessas, qualquer coisa que não me fizesse dar o braço a torcer. Sou desses meninos abusados mesmo, mulher. Mas não é bem assim. Vejamos: Se eu deixo nas entrelinhas, fatalmente você entenderá, mas se eu vou deixando pela metade, assim, devagarzinho, certamente me fará mil perguntas sobre coisas que você já entendeu.
Parece irônico usar minhas armas contra mim, parece injusto. E é! Mas, de outro lado, algo um pouco capcioso me diz, quase que gritante: Porque não?
É! Porque não?
Não sabem os bons ventos que andam me cercando que nada do que eu tenha experimentando me atrai mais, mas aquilo que existe de mais intimo dentro da gente mesmo, transbordando do lado de fora parece bem interessante. Dessa vez deixo nas entrelinhas, sabendo que, de uma forma ou de outra vais entender.
Nem dizeres premeditados, nem meias palavras, nada disso acaba por funcionar. Vamos tentar de outra forma. Que tal ir deixando os dizeres pela metade, quase que desconversados? Não, não há de funcionar também. Entende? Não funcionaria se fosse comigo.
Amigo, não tente entender os pulos que vou dando de um assunto a outro, não faço isso sem querer, saiba, eu sempre quero dizer alguma coisa. Ela também, então, se não conseguires conjugar meio verbo nesta troca de afinidades não se preocupe, o problema não é contigo.
E se a noite passa tão depressa, são esses ponteiros do relógio que teimam em brigar comigo. Dê-me mais um segundo,  só pra conversar, ou desconversar. Quem sabe.

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