segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Outro verão!





Não é por acaso, esse embaraço, essa mania de me perguntar. Eu sou assim mesmo, não faria sentido caso não fosse. A pena na mão, os sonhos nos olhos, menino no coração. Sou assim, embora o tempo passe, embora tudo mude. Meus passos certos tem destino, mesmo que eu não saiba qual é esse tal destino.
É outra tarde de verão e a chuva cai na minha janela. Mesmo que sonolento eu me vejo entre os livros e os sonhos. A minha lei é que a gente tem que se respeitar, e não passar por cima do que a gente é só pra agradar olhos forasteiros.
A minha lei diz que só se pode dar felicidade a alguém, ou ao mundo quando a gente é feliz. (Pensei um pouco sobre isto e notei, aquela chuva de verão que molhava o rosto do menino fazia dele mais maduro)
A maturidade não está nas amarras, mas sim em se livrar delas, e a partir daí só se prender por vontade, no auge da sobriedade, pensar mais um pouco enquanto esfria o café. Sem compulsividade!
Aquelas estações, aquele ano, aqueles dias tinham me mudado um tanto. Mesmo que com alguma dor eu me levantei, e hoje me encontro assim, mais forte. Quem sabe mais pronto, mais feliz, mais humano.
Não me olhe com tanta estranheza! Eu nunca deixarei de ser assim, menino. Mas eu calculo minhas atitudes, porque é delas que vem quem eu sou. E eu continuo sendo o virginiano, perfeccionista. Embora eu não me importe mais de fazer o que eu quero. Obviamente sabendo dos riscos, aqueles que eu aprendi a enfrentar.
O mundo lá fora me espera, e eu abro meu peito de aço pra ele, sem me importar de sair aranhado. Sobre as conseqüências, eu sei.

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