Eu me prendo entre
quatro paredes por vontade, fico aqui lendo alguma coisa sobre
metafísica , mas ainda tenho medo de fantasmas no meu quarto.
Ando me importando
pouco com certas coisas, na verdade ando um pouco desconsertado, como
sempre.
Eu queria ser diferente
às vezes, deixar certas amarras pra depois, contabilizar todos os
meus erros e voltar ao principio. Ainda tenho muito medo do fracasso,
embora seja eu um sonhador e essa seja um possibilidade entre muitas.
Nem sempre existem apenas dois caminhos, na verdade na maioria das
vezes existem milhares de bifurcações. Consequências.
Você teria me dito pra
seguir em frente, mas pode ser que não fizesse o mesmo se estivesse
no meu lugar. Aqui, sentado entre os livros, afogado em teorias,
metódico, bitolado como eu.
Todo mundo quer pra si
o que acha melhor, nem sempre o melhor é realmente a escolha certa,
o errado também traz cargas, e eu sou o cara errado em pose de bom
moço.
Eu vejo belas pernas
passando em frente a aquela varanda que me sento todos os dias,
observo sem pudores, eu sou o menino dos bons livros e das cantadas
sutis, só não tenho muita sorte com o amor.
Ah, o amor! A quanto
tempo não me visitas, velho amigo?
São só devaneios,
paixões avassaladoras e o pesar. Ah o pesar! Deste sim tenho
endereço, tento me esquecer dele, mas sempre que possível me manda
recordações.
Queria eu uma nova
moça, pra servir de inspiração pra estas tais linhas, seria ela
descrita e reescrita, várias vezes, nestas linhas que jamais
acabariam.
Eu sou o mesmo menino
sensível de sempre, o mesmo sorriso maldito, fim de noite, entre um
gole e outro, em alguns lábios, quais quer , de qualquer mulher que
me pareça atraente e ousada a ponto de me levar pra casa, de me
levar pro canto, de me levar a qualquer lugar.
Queria eu quem me
deixasse a levar no peito, mas que o meu peito também acolhesse,
queria eu que meu coração concordasse, que os dias cooperassem e
que ela viesse, viesse só pra me ver sorrir dentro dos olhos dela.
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