sábado, 18 de janeiro de 2014

Os dias.



Sei lá, é como um desenho mal feito, um rascunho, um rabisco sem intenção alguma.
Eu fecho os olhos e ameaço voar, ou encontrar o chão, não sei bem ao certo. Eu completo o chamado e cumpro a pena.
Eu pago pelos mau feitos, pelos meus defeitos, pelos meus acertos, pelos dias a fio. E sigo em frente.
Queria eu ser o amor daquela moça, aquela que caminha sem direção, de beijos suave, de coração conturbado. Não sabe o que quer, mas me tem nas mãos.
Queria eu a tarde de inverno, clara, com sol. Fria, bonita, agradável. Queria eu não contar as horas nem me lembrar de despedidas. Sorrisos sinceros, porque nas tardes de inverno o calor vem de dentro da gente mesmo.
Esse verão não me faz bem, caro amigo!São umas queimaduras na pele, o sono mal dormido, a noite mal passada.
Eu duvido de tanta coisa, mas não duvido que em uma tarde de inverno, quando o sol iluminar meus olhos, eu estarei de coração mais tranquilo. Quem sabe aí ela pense em mim alguns segundos antes de dormir, talvez me telefone e me peça para aquecer os sonhos dela. Vinho e lareira, muitos beijos e talvez assim aquele novo grande amor, que eu espero aqui, parado na linha do tempo, entre um vagão e outro deste trêm que sempre está a partir e voltar.
Desta vez eu serei partida e chegada e esses bons ares que fevereiro trará, e que março confirmará, quando fechar o verão, quando me trouxer o outono, me façam ver mais adiante. Eu serei um poeta mais vivo, ela será a razão dos meus versos. E quando o inverno chegar! Ah, o inverno!!!

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